Frescurinha

Papo sobre Autoestima

autoestima

Inspirada na hashtag #PaposobreAutoestima criada pelas meninas do @futilidades lá no Instagram resolvi falar um pouco sobre o momento de descobertas que estou vivendo. Espero que gostem.

Nos últimos tempos tenho mudando muito a forma como vejo o meu corpo. Resolvi olhar pra ele de uma forma mais carinhosa, resolvi tirar o foco daquilo que me fazia não gostar dele. Pensei: o que eu tenho a perder ao amá-lo assim? Do jeito que ele é? O que poderia acontecer de tão ruim ao aceita-ló? Nada. Bem pelo contrário.

Vou voltar um pouco no tempo. Eu não lembro de quando na vida eu não tenha me preocupado com o meu peso. Acho que eu devia ter uns 9 anos quando a pediatra orientou a minha mãe que apesar de ter altura eu deveria fazer uma dieta pois estava com um peso não muito comum para crianças da minha idade. Era um leve sobrepeso, nada absurdo, mas aquele foi o momento em que as “dietas” começaram a fazer parte da minha vida. A regra era sempre dieta. Desde lá eu sempre tinha algum peso a eliminar. Mesmo quando o IMC demonstrava que eu estava dentro do “normal” ainda me sentia gorda – quando na minha mente o termo gorda estava ligado ao feio, ao grotesco, ao errado – e fora daquele padrão idealizado por mim com base nas minhas referências tão limitadas.

Claro que aquilo tudo, aquela pressão por se manter dentro daquele padrão foi gerando uma ansiedade na criança, depois na adolescente e por fim na adulta que continuava uma guerra contra o seu corpo que insistia em ser diferente daqueles que estampavam as revistas. E óbvio que toda essa ansiedade só fazia mal.

Depois de muitos anos insatisfeita, depois de medicamentos, depois de anos de efeito sanfona, depois de distúrbios alimentares resolvi  arriscar… Procurar a beleza além dos padrões com os quais cresci. Buscar novas referências, novas inspirações.

Já fui mais magra e mais jovem do que sou hoje, mas não mais feliz. É um processo difícil esse de se ver com amor e mudar o olhar.

“Aquele olhar treinado a perceber

a imperfeição.”

 

Sigo vendo as “imperfeições” e até percebo um certo charme nisso, afinal, isso me torna única. Mas digo mais uma vez: Não é fácil, é um dia após o outro, mas não custa nada tentar. Tentar se amar. 

Uma dose de autoestima pra melhorar o seu dia

Aproveito o clima para compartilhar com vocês o trailer do documentário Embrace, um projeto criado pela fotógrafa Taryn Brumfitt que anteriormente criou um movimento chamado The Body Image Movement onde entrevistou mais de 100 mulheres. Nessas entrevistas ela pedia que elas descrevessem os seus corpos. A maioria das respostas traziam palavras pejorativas. O documentário visa mudar a ideia que a sociedade tem em relação aos padrões e mostrar que podemos sim amar o nosso corpo do jeitinho que ele é.

 

 

Foto: Camila França Retratista.